Wednesday, December 03, 2014

The Women Who Intimidate Cate Blanchett And The Struggle It Reveals/As mulheres que intimidam Cate Blanchett e o problema que isso revela

Margie Warrell, Forbes columinist, wrote a good article related to the recent declarations of Cate Blanchett to Porter Magazine about feeling judged by other mothers at the school run. 

Margie Warrel, colunista da Forbes, escreveu um bom artigo relacionado às recentes declarações de Cate Blanchett para a revista Porter sobre se sentir julgada por outras mães no portão da escola.
Leia a minha livre tradução do artigo completo. The full text in English you can read HERE/O texto completo em inglês você confere AQUI


As mulheres que intimidam Cate Blanchett e 
o problema que isso revela*

Um ícone do nosso tempo, a ganhadora do Oscar, Cate Blanchett, é uma mulher que exala uma autoconfiança graciosa e um desarmador jeito "não sou diva" que é raro entre os ranques da elite mais glamourosa do mundo. De longe, quase poderia parecer que o forte senso de individualidade de Cate e sua aclamação internacional a tornariam imune às autodúvidas com as quais muitos de nós lutam diariamente; uma mulher intimidada por ninguém.
Source

No entanto, em sua última entrevista para a revista Porter, Cate revela-se como uma mãe que luta com algumas das mesmas coisas que muitas mulheres lutam. Ou seja, sentindo-se como se ela, simplesmente, não está à altura dos padrões das mães que ela encontra nas escolas privadas que seus filhos - Dashiell, 12, Roman, 10, e Ignatius, 6 - frequentam em sua cidade, Sydney, Austrália.
Na verdade, a atriz, que está atualmente filmando ‘Truth’ em Sydney ao lado de Robert Redford, admitiu sentir-se intimidada pela "máfia de mães" na escola de seus filhos, as quais, após a inspeção no portão da escola, perguntaram umas às outras: "Por que ela não pode apenas pentear esse cabelo?".

"Você sabe que [as outras mães] estão observando como você cria seus filhos.”

“Elas não sabem como você se desdobra para ter tempo para os seus filhos como qualquer pai que trabalha."

Claro que Cate, que tem um patrimônio estimado de US $ 45 milhões, pode se dar ao luxo de contratar ajuda que muitas mulheres não podem. Na verdade, eu tenho certeza que ela poderia pagar alguém para arrumar seu cabelo diariamente também. Ela só escolhe não fazer isso.

"Elas [as outras mães] assumem logo que você tem uma babá, um motorista e um cozinheiro.

Quem se importa se eu tenho ou não? – ela disse. Pontos pra ela, eu digo.

A disposição de Cate para partilhar a sua vulnerabilidade aos julgamentos por vezes duros por parte de outras mães me faz admirá-la ainda mais. Apesar do Oscars e elogios, ela revelou-se como um ser humano, que, como a maioria das mulheres que conheço, quer sentir-se incluída na comunidade escolar de seus filhos, e não gosta de se sentir julgada por não estar à altura - mesmo quando o padrão é excessivamente insensato. Seus comentários fazem as mulheres como eu - que muitas vezes derrubam as bolas enquanto fazem um malabarismo entre os filhos e uma carreira - se sentirem muito melhor sobre nós mesmas. Nós não estamos sozinhas na nossa luta.

A verdade é que, tão diferentes como possamos parecem ser do lado de fora, os desafios comuns que nos unem são mais numerosos do que as diferenças que nos separam. Todas nós queremos que nossas crianças cresçam saudáveis e vivam uma vida plena. Todas nós queremos que eles saibam que são amados incondicionalmente. Todas nós queremos sentir que estamos fazendo um bom trabalho e que, mesmo se nós temos um outro emprego fora de casa, nos impedindo de estar à disposição deles todo o tempo, que eles estão em melhor situação com as escolhas que fazemos e os compromissos que essas escolhas, todas as escolhas, acarretam.

Infelizmente, muitas vezes as mulheres embarcam nas comparações, competindo e incidindo sobre as diferenças que temos de outras mães (e outras mulheres). Visite qualquer fórum parentalidade online e você vai encontrar o fosso maternal começar na gravidez quando algumas mães decidem pelo parto natural, enquanto outras optam pelo processo cheio de dor entorpecida por anestésicos. A polarização só aumenta a partir daí - circuncisão, choro controlado vs. Alimentação por demanda, peito vs garrafa, atividades extracurriculares, brinquedos digitais, mídias sociais, o retorno ao trabalho e colocar as crianças na creche vs. ficar em casa, privado vs. público e por aí vai.

Enquanto nós, seres humanos, homens e mulheres, somos levados a procurar provas que confirmem nossas escolhas (alguns psicólogos chamam de "Enviesamento de confirmação") e a sintonizar em informações que as contradigam ("Mecanismo de Defesa Perceptiva "), a insegurança, o ciúme, a auto justificação, ressentimento e culpa não resolvida pode dirigir algumas mulheres a esnobar, fiscalizar e até mesmo intimidar outras mulheres que optam por criar seus filhos de forma diferente da delas. Isso é o porquê de termos como "police parenting" (as fiscais de parentalidade) , "mummy mafia" (máfia de mães), " breastfeeding Nazis" (fanáticas da amamentação) e "mommy wars" (guerra de mães) terem sido cunhados. Embora possa haver justificação para tais termos, eles não servem para empoderar as mulheres, eles nos diminuem. A expansão dos direitos das mulheres de escolher o seu próprio caminho nascido do movimento feminista era para nos libertar, não nos colocar umas contra as outras.

É claro que é natural fazer julgamentos sobre as pessoas e a andar com aquelas que têm mais em comum conosco. No entanto, como eu disse em entrevista recente no Sunrise Morning Show da Austrália, sempre que uma mulher julga duramente outra - seja pela forma como cria seus filhos, pelas roupas, casamento, habilidades culinárias, ambição ou a falta dela - estamos a dizer muito mais sobre como nos sentimos a respeito de nós mesmas - nossas próprias escolhas, prioridades, valores e inseguranças - do que estamos dizendo sobre elas. Tão diferente quanto a sua vida diária possa ser da Cate, a verdade é que nós, mulheres, que decidem criar os filhos estamos todas juntas nisso e nossos filhos estão a absorver o espírito que nós colocamos nisso.

Source

Então, se você optar por trabalhar ou não, se você pode pagar por ajuda ou não, se você pentear o cabelo antes de levar seus filhos na escola ou não, o importante é ser realmente honesto com você mesma sobre por que você faz o que faz, por que você não faz o que você não faz, e por que você tem o desejo de menosprezar as outras mulheres que fazem as coisas de forma diferente de você.

A maioria das mães que eu conheço têm um senso de auto-exame afinadíssimo. Nós não precisamos de mais ninguém para fazer um coro. A única coisa que a maioria das mães precisa fazer é parar de ser tão duras consigo mesmas, abraçar a mentalidade de que "bom que chegue é bom o suficiente" e perceber que muito mais importante para os nossos filhos do que ser uma mãe perfeita, é ser uma mãe feliz (pelo menos na maior parte do tempo.).

Enquanto você pode nem sempre partilhar os mesmos valores, filosofias de educação, aspirações ou circunstâncias das outras mulheres, você deve sempre respeitar as escolhas delas e apoiá-las em seus êxitos. Eu não tenho palavras para dizer o quão grata eu sou às minhas amigas, que são mães e não trabalham fora, durante as ocasiões em que elas me ajudaram, enquanto eu estava viajando ou simplesmente me desdobrando demais com o trabalho para comparecer em excursões escolares, rifas, vendas de bolos e eliminatórias de futebol.

Da próxima vez que você encontrar-se a ponto de criticar as falhas de um outro pai, pense nas nos déficits que seus próprios pais tiveram e como você se tornou um adulto ok apesar desses déficits. Da mesma forma, assumindo que eles sabem que você os ama, não importa o que eles façam, os seus filhos também vão te amar. Então se dê um descanso, saia do pé das outras mulheres, e seja a amiga encorajadora e de mente aberta que você gostaria de ter. Se há uma lição da declaração de intimidação de Cate Blanchett é esta: seja gentil com você mesma, seja mais gentil com os outros. Nossos filhos não fazem sempre como nós dizemos para fazer, mas eles sempre observam o que fazemos. Eles não precisam de mães que ficam colocando umas às outras pra baixo; eles precisam de mães que coloquem umas às outras pra cima. Especialmente, em bad hair days (dias difíceis).




*Nelly não é profissional de tradução, mas é a autora deste trabalho de tradução do artigo originalmente intitulado "The Women who intimidate Cate Blanchett and the struggle it reveals" de autoria da escritora e colunista da Forbes, Margie Warrell, publicado no site oficial da revista Forbes no dia 02/12/2014. No copyright infringment intended.

0 comentários :

Post a Comment

Translate

DISCLAIMER: THIS IS AN UNOFFICIAL BLOG. I HAVE NO CONNECTIONS WITH CATE BLANCHETT OR HER MANAGEMENT. I DO NOT OWN THE CONTENT OF THIS PAGE. ALL THE RIGHTS RESERVED TO THEIR RESPECTIVE OWNERS. NO COPYRIGHT INFRINGMENT INTENDED.

NOTICE

Nelly is now a full-time collaborator of Cate Blanchett Fan. For news and updates please visit

Welcome/Bem Vindo

Cate Blanchett The Great is a Brazilian Fan Blog dedicated to the amazing and talented Australian actress Cate Blanchett.

Cate Blanchett The Great é um Fan Blog brasileiro dedicado à maravilhosa e talentosa atriz australiana Cate Blanchett.

I AM NOT CATE BLANCHETT

About me/Sobre mim

Nelly

A blanchetter from Brazil.

Uma blanchetter do Brasil.

Email Email

Archive/Arquivo

Affiliates/ Afiliados

Recent Posts/Posts Recentes

Twitter

Upcoming Projects/ Próximos Projetos

The Present (Teatro) /2015/2016-17 como Anna Petrovna.

Weightless (Filme) /Sem data prevista/ Papel desconhecido.

Voyage of Time(Documentário) /2016/ como Narradora.

The Jungle Book:Origins (Filme) /2018/ como Kaa (voz).

Thor: Ragnarok (Filme) /2017 /como Hela

Para lista completa de projetos visite Imdb and nossa lista.

DISCLAIMER: THIS IS AN UNOFFICIAL BLOG. I HAVE NO CONNECTIONS WITH CATE BLANCHETT OR HER MANAGEMENT. I DO NOT OWN THE CONTENT OF THIS PAGE. ALL THE RIGHTS RESERVED TO THEIR RESPECTIVE OWNERS. NO COPYRIGHT INFRINGMENT INTENDED. Copyright ©
| Powered by Blogger | Design by Lizard Themes | Blogger Theme by Lasantha - PremiumBloggerTemplates.com | Theme edited by Nelly Chagas