Saturday, May 30, 2015

‘Não me importo com o que pensam sobre mim, diz Cate Blanchett

Olá galera!!

Cate Blanchett é a capa do Caderno Ela (O globo) ! A atriz australiana concedeu uma entrevista para a publicação brasileira durante sua recente estadia em Cannes. Confira abaixo a capa, a entrevista e uma foto do jornalista sortudo ao lado da diva!

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JUAN-LES-PINS, FRANÇA — De perto, Cate Blanchett é bem normal. Chega pontualmente para a entrevista, senta-se ao meu lado e não perde a chance de fazer uma ou outra brincadeira enquanto conversamos. Suas caras e bocas denunciam linhas de expressão, coisa rara em Hollywood desde a invenção do Botox. Evidentemente, ela tem aqueleallure das estrelas do cinema, mas não esboça estrelismo nem é seguida por uma trupe de assessores bajuladores. Nosso encontro aconteceu há cerca de uma semana, em Juan-Les-Pins, na Riviera Francesa. Cate estava encantada com o lugar:
— Cannes tem aquele barulho, e as pessoas me convidam para jantar às 23h. É legal estar fora — comentou a atriz, referindo-se à badalação do festival de cinema da cidade vizinha, de onde ela acabava de regressar após a première de “Carol”, filme de Todd Haynes, baseado em um romance de Patricia Highsmith.
A atriz australiana de 46 anos estava em Juan-Les-Pins para divulgar a nova campanha do perfume Sì, de Giorgio Armani, do qual é garota-propaganda. Vestindo um terno do estilista, ela mostrou mais uma vez que tem senso de humor quando alguém sugeriu um brinde com champanhe.
— A essa hora? — brincou a australiana com o fato de ser 12h. E ficou na água.
DOIS OSCARS NO CURRÍCULO
Esta versão descontraída de Cate é pouco explorada. Formada pelo National Institute of Dramatic Art, na Austrália, ela ganhou o respeito da crítica e do público com papéis densos.
A primeira indicação ao Oscar veio em 1999 com “Elizabeth”, de Shekhar Kapur, em que interpreta a rainha Elizabeth I. Nos anos seguintes, ela deu vida a Bob Dylan no aclamado “Não estou lá”, de Todd Haynes; participou das sagas épicas “O senhor dos anéis” e “O Hobbit”, de Peter Jackson; trabalhou ao lado de Brad Pitt em “Babel”, de Alejandro Iñarritu, e “O curioso caso de Benjamin Button”, de David Fincher. Foi par de Judi Dench em “Notas sobre um escândalo”, de Richard Eyre.
— Ao escolher um papel, não foco em mim, mas no diferente. O prazer, a alegria e o desafio de ser atriz é ter outras experiências — contou a estrela, premiada com dois Oscars (melhor atriz coadjuvante, em 2005, por “O aviador”, de Martin Scorsese, e melhor atriz, em 2014, por “Blue Jasmine”, de Woody Allen). — Foi um momento extraordinário ver todos os colegas que admirei a vida inteira ficarem de pé por mim...
Discretíssima, Cate Blanchett aparece em jornais e revistas apenas para promover um trabalho ou na lista das mais bem vestidas. Mesmo assim, viu-se no centro de uma controvérsia recentemente. Segundo a revista “Variety”, ela teria declarado que já havia se relacionado com mulheres. Coincidência, sua personagem em “Carol” vive um relacionamento lésbico com a personagem de Rooney Mara (o filme venceu a Palma Queer, prêmio voltado para obras com temática homossexual, em Cannes).
— Não me importo com o que pensam sobre mim. O mundo está muito conservador. E, se há duas mulheres se apaixonando em cena, eu devo ser lésbica — ironizou a atriz. — O filme se passa na década de 1950, mas não é histórico. É uma questão contemporânea. Em alguns países, a homossexualidade ainda é ilegal.
QUATRO FILHOS E COUTURE
Casada com o roteirista australiano Andrew Upton, Cate Blanchett é mãe de quatro filhos — três meninos e uma menina, adotada há pouco tempo. Indaguei se é difícil conciliar a rotina doméstica com a de estrela de cinema.
— Esta pergunta nunca é feita para um homem: nossa, como é ser ator e pai? — rebateu a atriz, mostrando sua veia feminista. — Ter filhos me tornou uma pessoa com mais humor, mais pragmática e mais econômica. Quando tive o primeiro, ele era todo o meu universo. Na segunda gravidez, pensei: como vou amar outro? Porém, quanto mais filhos você tem, mais o seu senso de compaixão cresce.
O que torna a situação mais surpreendente é que Cate vive em Sydney, longe de Hollywood e de todo o assédio dos paparazzi — contrariando a lógica da indústria. Há boatos de que ela estaria de mudança para os Estados Unidos.
— Gostaria de morar em diversos lugares — desconversou a atriz, acrescentando que gosta de viver na Austrália, de onde tem duas lembranças “aterrorizantes” (para usar uma palavra de seu vocabulário) da infância: — Os tubarões e a aranha-teia-de-funil, que pode matar em minutos.
Essas informações, Cate deu às gargalhadas. Ela também não conteve o riso ao revelar que nunca foi uma beach girl (“Olhe para mim! Só saio de casa com uma sombrinha”) e que, pasmem, não tem espelhos em casa:
— Mas isso não é coisa minha, é do meu marido. Porém, eu tenho um no chuveiro em que consigo me ver de todos os ângulos — explica.
‘É SÓ ATUAÇÃO’
A ausência de espelhos nunca foi impedimento para Cate brilhar no tapete vermelho. Ela costuma ofuscar as colegas com peças de grifes festejadas, como Givenchy, Céline, Gucci e Giorgio Armani — o favorito.
A reverência é recíproca. Em recente conversa com o estilista, Armani me contou de sua admiração pela atriz:
— Cate e eu temos uma sincera amizade. Eu a acho uma das mais talentosas atrizes de sua geração, tanto no teatro quanto no cinema. A integridade e o empenho com as quais se dedica ao trabalho estão refletidas na poderosa intensidade de suas atuações. Seu estilo e talento são inatos e a fazem única.
A atriz contou que sua boa relação com a moda começou por causa dos figurinos. Os ensaios para as revistas de moda e as passagens pelo tapete vermelho também ajudaram.
— É uma grande tristeza ver a dificuldade que as casas têm em manter viva a alta-costura — lamentou a atriz.
Famosa pela pele perfeita, ela jura que seu segredo de beleza não é mirabolante.
— Isto é curioso no mundo: não olhar para dentro e, sim, para fora. Há pessoas que não se sentem confortáveis com elas mesmas. Me sinto bem em minha própria pele — afirmou ela, assustada ao descobrir seu poder de sedução em países como Brasil e Rússia.
Observo novamente que ela é diferente de seus pares, mais real e pé no chão.
— É só atuação — finalizou, soltando mais uma das suas.





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